Gestão da Cadeia de Suprimentos

Este tema é fundamental para que se exerça a melhor forma de administrar o negócio.

Vamos entender esta afirmação.

Antes de ocorrer a 3ª Revolução Industrial, anos 80, ocorrendo a globalização, o mundo corporativo era fechado em suas fronteiras e as negociações eram muito especificas no tocante as relações comerciais envolvendo aquisição de matéria prima e na comercialização de produtos.

Neste artigo, vamos tratar das relações comercias envolvendo a aquisição da matéria prima.

A globalização permitiu a abertura dos mercados trazendo suas consequências. Posso citar uma delas a qual reporto como o pilar de todas as transformações que esta abertura proporcionou. A forma de fazer a manufatura, repaginando todos os conceitos da administração tradicional influenciada pelos conceitos de administração de Taylor e Fayol, que teve influência nos meios acadêmicos e corporativos por sessenta anos. A abertura dos mercados teve um componente estrutural para sua continuidade de maneira fundamental que foi o advento da tecnologia da informação. Este fato garantiu e garante nos dias atuais a agilidade das informações e proporciona aos agentes da operação capacidade de planejar e controlar de maneira global a cadeia de suprimentos. Porém a forma de realizar manufatura trazida pela Toyota através dos conceitos do JIT – Just in Time, proporcionou a criação do STP – Sistema Toyota de Produção – o Toyotismo, o qual é suportado pela metodologia lean manufacturing, revolucionou a forma de se fazer manufatura. Esta evidência se contrapôs ao modelo do Fordismo onde as relações se baseavam na baixa concorrência e na relação de clientes cativos. Esta condição permitia uma administração dos suprimentos de forma estável.

Pois bem, o mundo globalizado, proporcionou aos consumidores uma vasta possibilidade de aquisições em relação ao aumento dos fornecedores de maneira global. Esta condição acirrou a concorrência e exigiu que os meios produtivos fizessem gestão de alta competitividade, agregando qualidade, baixos custos e aumento da produtividade. O modelo Toyotismo, já citado, tem em seu fator genético estas propriedades. Porém, algo estava faltando para sustentar este modelo. Nos anos 90, surge o conceito do Supply Chain – Cadeia de Suprimentos. Este entendimento e pratica foi fundamental para sustentar o novo modelo de manufatura o qual tem alta exigência em valor agregado e capacidade de resposta testada pelo mercado consumidor, no tocante a qualidade, prazo de entrega e garantia de fornecimento.

Assim a pratica da Cadeia de Suprimentos trouxe a necessidade de estabelecer a Gestão da Cadeia de Suprimentos, também conhecida como Supply Chain Management (SCM) em inglês, refere-se ao planejamento, controle e otimização de todas as etapas envolvidas na produção e distribuição de produtos ou serviços, desde a aquisição de matérias-primas até a entrega final ao consumidor. É uma área fundamental para o sucesso de empresas que dependem de uma rede complexa de fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas para levar seus produtos ou serviços ao mercado.

A gestão da cadeia de suprimentos envolve várias atividades-chave:

1. Planejamento da Demanda: Prever a demanda futura dos produtos ou serviços, com base em históricos de vendas, tendências de mercado e outros fatores relevantes.
2. Aquisição de Materiais: Selecionar fornecedores, negociar contratos e garantir o abastecimento contínuo de matérias-primas e componentes de qualidade.
3. Gestão de Estoque: Manter um equilíbrio adequado entre o estoque disponível e a demanda, evitando excessos ou faltas que possam impactar negativamente a cadeia de suprimentos.
4. Produção: Gerenciar os processos de fabricação para garantir eficiência e qualidade na produção de produtos.
5. Logística e Distribuição: Planejar e executar a movimentação eficiente de produtos da fábrica para os pontos de venda ou clientes, minimizando custos e prazos de entrega.
6. Gestão de Fornecedores: Monitorar o desempenho dos fornecedores, avaliando sua capacidade de entrega, qualidade e conformidade com os requisitos contratuais.
7. Tecnologia da Informação: Utilizar sistemas de informação e tecnologia para rastrear, monitorar e otimizar a cadeia de suprimentos.
8. Sustentabilidade: Considerar fatores ambientais e sociais na gestão da cadeia de suprimentos, visando práticas mais sustentáveis.
9. Gestão de Riscos: Identificar e mitigar riscos que possam afetar a cadeia de suprimentos, como desastres naturais, interrupções de fornecimento e flutuações cambiais.
10. Colaboração: Trabalhar em estreita colaboração com parceiros na cadeia de suprimentos para melhorar a eficiência e a eficácia global.

A gestão eficaz da cadeia de suprimentos pode trazer uma série de benefícios, incluindo a redução de custos, melhoria na qualidade do produto, prazos de entrega mais curtos, maior satisfação do cliente e maior competitividade no mercado. Ela desempenha um papel crucial em setores como manufatura, varejo, logística, serviços e muitos outros, ajudando as empresas a atenderem às demandas em constante mudança dos consumidores e a se adaptarem às complexidades do ambiente de negócios global.

O (A) convido a seguir nos acompanhando, nas próximas publicações.

Vem comigo!

MSc. Escamia, JH

CEO – OTTO