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fevereiro 15, 2024A logística e a gestão de estoques desempenham papéis fundamentais no sucesso de muitas empresas e organizações. Vou fornecer uma visão geral de ambos os conceitos:
Logística:
A logística é o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo eficiente e eficaz de bens, serviços e informações, do ponto de origem ao ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades dos clientes. Isso envolve uma série de atividades, como transporte, armazenagem, gestão de estoques, processamento de pedidos, gestão de informações e planejamento de rotas. A logística é essencial para garantir que os produtos cheguem aos clientes no momento certo e no local certo, ao mesmo tempo em que se busca otimizar custos e recursos.
Esta atividade é feita a quatro mãos, ou seja; a mesma tem sua elaboração de fundamentos a partir do nível tático (gerencia) e tem sua aplicação pratica no nível operacional (operadores). A logística desempenha papel interno através de uma metodologia chamada MAM – Movimentação e Armazenagem de Materiais, de tal forma que garanta maior desempenho e produtividade nas movimentações de materiais e de giro dos estoques, para colocar em pratica a operação de produção. Já a logística externa, cuida da roteirização dos fretes, buscando otimizar o custo envolvido, segurança na entrega e garantia de que o produto final chegue ao ponto de consumo de forma segura.
Gestão de Estoques:
A gestão de estoques refere-se ao processo de planejar, controlar e otimizar a quantidade de mercadorias que uma organização mantém em estoque. Isso é importante para equilibrar a oferta e a demanda, garantir que os produtos estejam disponíveis quando os clientes precisam e, ao mesmo tempo, evitar excesso de estoque, que pode levar a custos desnecessários.
Alguns conceitos importantes na gestão de estoques incluem:
Ponto de Reordenamento (ROP): O nível mínimo de estoque que, quando atingido, aciona a reordenação de produtos para evitar a falta de estoque.
Estoque de Segurança (ES): Quantidade adicional de estoque mantida para lidar com incertezas na demanda ou na entrega de produtos.
Giro de Estoque: A velocidade com que os produtos são vendidos e substituídos no estoque. Um alto giro de estoque é geralmente desejável, pois indica uma gestão eficiente.
Just in Time (JIT): Uma abordagem que visa minimizar o estoque mantendo apenas o necessário para atender à demanda imediata, o que reduz os custos de armazenagem.
Classificação ABC: Uma técnica que divide os produtos em categorias A, B e C com base no índice de consumo, permitindo uma gestão mais focada nos itens de maior relevância. (A) muito importante; (B) média importância e (C) baixa importância.
Classificação XYZ: Uma técnica que divide os produtos em categorias X, Y e Z com base no índice de importância, permitindo uma gestão mais focada nos itens de maior relevância. (Z) Muito importante; (Y) média importância e (X) baixa importância.
Tecnologia de Gestão de Estoques: Muitas organizações usam sistemas de gestão de estoques baseados em software (como o ERP) para automatizar o controle de estoques, previsões de demanda e monitoramento em tempo real.
Esta atividade é feita a quatro mãos, também, como ocorre na logística ou seja; a mesma tem sua elaboração de fundamentos a partir do nível tático (gerencia) e tem sua aplicação pratica no nível operacional (operadores). A gestão de estoques pode ser entendida de duas formas, ou seja; a forma clássica (administração tradicional) e da forma enxuta (administração lean).
Gestão de Estoques – Administração Tradicional
Esta forma tem como pré-requisito a previsão de demanda, como já tratado em artigo específico para este tema. Recordando que a previsão de demanda da sustentação a operação de compras, operação financeira, operação de PPCP(Planejamento, Programação e Controle da Produção) e operação da produção em si, pois fornece parâmetros em modelos estatísticos baseados nos históricos de vendas passados oferecendo a possibilidade de projetar a quantidade futura a ser produzida bem como todo o aporte de compras, investimento financeiro, programação de materiais e de fábrica e finalmente o entendimento da capacidade instalada necessária ao período previsto.
Esta situação é totalmente benéfica ao negócio pois visualiza antes de realizar e proporciona decisões com base em dados. Contrariamente a ausência desta forma de administrar, tem-se as ações somente depois que o cliente comprou o produto e daí haverá atrasos nos prazos prometidos. Ou para evitar esta situação cria-se estoques de matéria prima e insumos sem qualquer parametrização o que poderá gerar altos inventários e incertezas de que aqueles produtos envolvidos nas matérias primas estocadas sejam vendidos.
Tendo a previsão de demanda cumprido seu papel resta que a administração de materiais exerça seu papel em relação ao giro dos estoques, de tal forma que não haja excesso na aquisição de materiais parametrizado pelo EM – Estoque Máximo (evitar furo no fluxo de caixa) e nem falta de materiais, parametrizado pelo ES – Estoque de Segurança (não parar a fábrica). Vejamos, seus desdobramentos:
EM – Estoque Máximo
EM = NR +TU x IC
TU = Taxa de Uso: Quantidade prevista para ser consumida em determinado intervalo de tempo, o que pode ser interpretado como consumo estimado.
IC = Índice de Cobertura
NR = Nível de Ressuprimento
ES – Estoque de Segurança
ES = K x TR x CMM
K = Fator de Segurança.
TR = Tempo de Ressuprimento
CMM = Consumo Médio Mensal
K – Fator de Segurança
O fator de segurança é função da importância operacional e do valor de consumo.
A diversificação dos materiais, agravada por fatos, entre os quais merecem destaque por crises periódicas de fornecimento e consumo imprevisto, sugere a adoção de fator de segurança para corrigir estas distorções, o qual é estabelecido em função do nível de serviço desejado.
Importância Operacional |
Valor de Consumo |
K |
Z |
A B C |
0,5 0,7 0,9 |
Y |
A B C |
0,3 0,4 0,8 |
X |
A B C |
0,1 0,2 0,6 |
ER – Estoque Real
Quantidade(saldo) de material existente em estoque no almoxarifado da empresa
EV – Estoque Virtual
Estoque real acrescido das quantidades de encomendas em andamento.
EV = ER + Encomendas
EC – Estoque de Cobertura
Relação entre estoque e consumo, indicando por quanto tempo o estoque suportará o consumo sem que haja reposição.
EC = VE
VC
VE = Valor do estoque no mês.
VC = Valor do consumo no mês.
NR – Nível de Reposição
NR = ES + CMM x TR
Quantidade na qual, ao ser atingida pelo estoque virtual em declínio, indica-se o momento de ser providenciada a emissão do pedido de compra para reposição normal do material. Essa quantidade deve garantir o consumo do material durante o tempo de ressuprimento, de tal forma que o estoque real em declínio não atinja o estoque de segurança.
Gestão de Estoques – Administração Lean
Esta forma tem como pré-requisito a utilização da ferramenta Kanban a qual é utilizada em função da produção puxada (pull) pelos clientes, onde direciona a produção necessária para atender aos pedidos puxados bem como orientar, também, a dinâmica de compras em relação aos itens de consumo para os determinados produtos puxados pelos clientes.
A logística e a gestão de estoques estão interligadas, já que a logística desempenha um papel crítico no transporte de produtos e na gestão do fluxo de mercadorias entre os locais, incluindo armazéns e pontos de venda. Uma gestão de estoques eficiente é essencial para garantir que os produtos estejam disponíveis quando e onde são necessários, sem excessos que podem resultar em custos adicionais. Ambas as áreas são cruciais para atender às expectativas dos clientes, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional em uma cadeia de suprimentos.
O (A) convido a seguir nos acompanhando, nas próximas publicações.
Vem comigo!
MSc. Escamia, JH
CEO – OTTO