Como tratar os custos?
junho 26, 2023Indicadores de Desempenho (KPIs)
junho 28, 2023Como resposta às novas exigências de competitividade que marcam o mercado globalizado, exigindo cada vez mais qualidade com menor custo, a base técnica de produção fordista, que dominou o ciclo de crescimento das economias capitalistas no pós-Segunda Guerra Mundial até o final dos anos 60, vai aos poucos sendo substituída por um processo de trabalho resultante de um novo paradigma tecnológico, cuja característica principal é a flexibilidade. Este movimento, está fundamentado nas transformações tecnológicas, na descoberta de novos materiais, nas novas formas de organização e gestão do trabalho e nos novos paradigmas de recursos humanos.
A globalização da economia e a reestruturação produtiva enquanto macro estratégias responsáveis pelo novo padrão de acumulação capitalista, transformam radicalmente esta situação, imprimindo vertiginosa dinamicidade às mudanças que ocorrem no processo produtivo, a partir da crescente incorporação de ciência e tecnologia, em busca de competitividade. A descoberta de novos princípios científicos permite a criação de novos materiais e equipamentos; os processos de trabalho de base rígida vão sendo substituídos pelos de base flexível; que assegura amplo espectro de soluções possíveis desde que a ciência e a tecnologia, antes incorporadas aos equipamentos, passem a ser domínio dos trabalhadores; os sistemas de comunicação interligam o mundo da produção.
Em decorrência, as velhas formas de organização taylorista/fordistas não têm mais lugar. A linha vai sendo substituída pelas células de produção, o supervisor desaparece, o engenheiro desce ao chão de fábrica, o antigo processo da qualidade dá lugar ao controle internalizado, feito pelo próprio trabalhador. Na nova organização, o universo passa a ser invadido pelos novos procedimentos de gerenciamento e passa-se a falar de Kan Ban, Just in Time, Kaizen, Círculos de Controle da Qualidade (CCQ), Controle Estatístico de Processo (CEP) e do Produto.
As palavras de ordem são qualidade e competitividade. O novo discurso refere-se a um trabalhador de novo tipo, para todos os setores da economia, com capacidades intelectuais que lhe permita adaptar-se à produção flexível. Dentre elas, algumas merecem destaque: a capacidade de comunicar-se adequadamente, por intermédio do domínio dos códigos e linguagens, incorporando, além da língua portuguesa, a língua estrangeira e as novas formas trazidas pela semiótica; a autonomia intelectual, para resolver problemas práticos utilizando os conhecimentos científicos, buscando aperfeiçoar-se continuamente; a autonomia moral, por meio da capacidade de enfrentar novas situações que exigem posicionamento ético; finalmente, a capacidade de comprometer-se com o trabalho, entendido em sua forma mais ampla de construção do homem e da sociedade, por meio da responsabilidade, da crítica, da criatividade.
Os objetivos a serem atingidos são a capacidade para lidar com a incerteza, substituindo a rigidez pela flexibilidade e rapidez, de forma a atender a demandas dinâmicas que se diversificam em qualidade e quantidade.
Nada mais natural que a partir dessa forma de pensar e agir, surja um processo de mudanças em curso, onde haja necessidade de estabelecer atividades de planejamento, implementação, controle e ações de melhoria. Daí surge a dinâmica dos indicadores de desempenho ou como tratado corporativamente os KPIs (Key Performance Indicator), onde especificamente trataremos do indicador CUSTO em especial, porém sem deixar de envolver neste trato as questões de outros indicadores os quais tem relação direta com os custos para a formação dos resultados de uma empresa.