Mapeamento de Processos
julho 7, 2023Administração Clássica – Tradicional
julho 11, 2023Planejamento Estratégico para uma Administração Estratégica.
O mês passado tratei de um tema – “Estratégia deve ser o início do processo para construir o Custo Integral”
E nessa ocasião escrevi o seguinte artigo:
“Normalmente as empresas praticam o controle dos custos e os comparam entre custo planejado x custo realizado. Essa pratica é reativa, ou seja; reage ao sabor dos fatos. Por muitas vezes essa pratica deixa um traço cultural de difícil remoção e não agrega valor as ações de proteção aos valores do processo. As ações que constroem suporte e boas práticas aos processos produtivos visando domínio sobre os custos devem estar orientadas por estratégias que orientem os caminhos que a empresa deve seguir e as políticas que devem praticar. Essa ação é dever da direção de toda empresa com o objetivo de orientar as ações táticas e operacionais.”
Início esse novo mês a partir do recorte realizado no parágrafo, acima, mais precisamente em relação ao trecho sublinhado.
Toda direção de uma empresa precisa como dever, realizar a pratica de elaborar planos estratégicos. Vou detalhar essa afirmação de uma maneira bem simples e efetiva. Vamos lá!
Por muitas vezes pedi a minha equipe de trabalho que definissem as seguintes palavras:
Eficiência; Eficácia e Efetividade.
Era normal inicialmente a expressão de espanto, seguida de alguns atos de coragem na tentativa atabalhoada de expressar alguma definição para cada uma delas. Muitas vezes trocava-se a definição de uma em relação a outra e por muitas vezes se perdiam na palavra efetividade, depois que se sentiam vitoriosos na empreitada da definição das duas primeiras palavras.
Pois bem, tentativas a parte, reinava-se um silencio de mosteiro na expectativa que o interlocutor realizasse a definição de cada palavra.
Nesse momento punha-me a escrever cada uma delas, preferencialmente em um quadro de acrílico. Escrever, sempre é bom, pois fixamos nosso raciocínio de forma explicita.
Então vamos lá pessoal:
Eficiência: FAZER BEM FEITO;
Eficácia: FAZER A COISA CERTA;
Efetividade: FAZER BEM FEITO A COISA CERTA
Surgia a expressão de espanto, de novo!
Normalmente as melhores definições são as mais simples e vão direto ao ponto e causam por vezes a expressão de espanto.
Bem, definições declaradas, restava dar sentido a essa missão dada a equipe e correlaciona-las.
Antes de correlacioná-las é preciso estabelecer o que segue:
Direção da empresa: Cabem aos diretores;
Ações Táticas: Cabem aos gerentes;
Ações Operacionais: Cabem aos operários
Posto isso, vamos as correlações:
A Eficiência; ou seja. FAZER BEM FEITO é missão das ações táticas (Gerentes) e das ações operacionais (Operários);
A Eficácia; ou seja, FAZER A COISA CERTA é missão da direção da empresa (Diretores).
A Efetividade; ou seja, FAZER BEM FEITO A COISA CERTA é missão de constatação da equipe de controladoria que irá testificar se o resultado planejado foi realizado com sucesso.
Por muitas vezes me deparei com empresas (pessoas) que tentavam ser eficientes para fazerem bem feito suas tarefas e era normal constatar que surgiam duas turmas diferentes. Em uma determinada empresa a turma da realização procurava ser ao mais eficiente possível, porém no esforço individual, sem qualquer metodologia de trabalho e de conduta sincronizada e naturalmente sem qualquer traço de padronização e disciplina ao realizar o processo do produto. Essa empresa apresentava como resultado de seu esforço, muita não conformidade, excessivo retrabalho e muitas reclamações dos clientes.
O ambiente era de constante cobrança e pressão e todos os dias eram um mal dia de trabalho.
Já em outra empresa o pessoal tático (Gerentes) e o pessoal da operação (Operários), buscavam exaustivamente trabalharem com alguma ordem possível e com critérios técnicos para servirem de orientação e multiplicação das ações, tentando estabelecer minimamente alguma forma de padrão e disciplina para a realização dos processos dos produtos e assim cumprirem sua missão de serem eficientes; ou seja, fazer bem feito a tarefa. Todavia essa empresa não conseguia apresentar os resultados esperados, também.
A diferença estava nas oscilações entre um bom dia de trabalho e um mal dia de trabalho.
O que essas empresas tinham em comum?
Além de uma administração tradicional? A ausência de diretrizes!
De nada adianta o esforço para ser eficiente; ou seja, fazer bem feito se não souber se estamos fazendo a coisa certa; ou seja, ser eficaz.
Fazer a coisa certa é missão da direção da empresa, através da declaração dos caminhos a serem seguidos, das políticas a serem empregadas e das provisões de recursos muito bem alocadas para fazer sentido aos caminhos traçados e as políticas determinadas. Essa missão precisa ser construída através de um plano estratégico, formal e estruturado de tal maneira que os níveis táticos e operacionais se sintam orientados para executarem suas missões de forma eficiente.
A pratica usual do plano estratégico irá criar um ambiente favorável a implementação de uma administração estratégica. As empresas precisam que suas ações sejam de ordem efetiva, ou seja; fazer bem feito a coisa certa. Essa constatação posso evidenciar ao atender determinadas empresas, pois as equipes táticas e operacionais realizam suas atribuições de forma eficiente porem o resultado não aparece de forma satisfatória. Ao investigarmos descobrimos que a eficiência está sem critérios de estratégia, a empresa está trabalhando muito e de forma eficiente, porém para o lado errado. Muito esforço para pouco resultado. Já ouviu essa expressão, alguma vez?
Bem, esse artigo que acabou de ler procurou de forma simples revelar o papel de cada público dentro de uma empresa e principalmente revelar suas atribuições visando construir resultados e valores. Para conseguirmos construir um caminho de entendimento para o que foi exposto nesse artigo, precisamos começar entendendo a origem, para tentarmos responder à questão: Por que praticamos administrações que não edificam valores em tempos atuais?
O (A) convido a seguir nos acompanhando, nas próximas publicações.
Vem comigo!